quinta-feira, 18 de março de 2010

' Viver '

O mundo me espera, e eu vou encontrá-lo! Eu penso grande sim , e daí? Faz parte! A vida é um jogo de guerra do qual já nascemos com a certeza que vamos morrer, por tanto, eu vou viver cada minuto sempre como se fosse último. Viver a vida não é sinonimo de drogas, que fique claro... Viver a vida é ser livre, independente, arriscar sem medo de errar, um pouquinho de maturidade, é ser você mesmo em todas as ocasiões.
As vezes cometemos erros, é verdade, mas se não fossem os erros como saberíamos oq é certo? Errar é otimo quando na segunda tentativa aprendemos alguma coisa, dá uma sensaçao de novidade, aprendizagem, eu diria.
Uma Vez me perguntaram se eu preferia uma experiência achada ou conquistada... Bom, eu fiquei com a experiência conquistada; Nao adianta alguém tentar te passar uma experiência sendo que você nao a viveu, porquê você não vai saber adiministrá-la.. então. conquiste sua propria experiência!
Tudo na vida tem um propósito, nada acontece por acaso. As vezes aparecem pessoas em nossas vidas e nunca mias saem, mesmo se essas pessoas desaparecerem anos e anos, um dia acabam sempre se reencontrando. Isso faz parte da vida!
Bom, esse é o melhor jogo que existe. Mas cuidado, não tente trapaciar porque no jodo do qual fazemos parte. trapaciar se torna perigoso.

segunda-feira, 1 de março de 2010

"Entrevista com Mariane Caiado - Dependência química entre os jovens"

"~~> Quais são os principais fatores que levam os jovens a consumirem drogas?

  • Ao longo de nove anos trabalhando com prevenção pude perceber que além da influência grupal, ou seja, da necessidade do jovem em se adequar a um grupo, houve, sem dúvida, um aumento da oferta e do avanço da informação a respeito de diversas drogas. Tudo isso desperta, ainda mais, o antigo e mais forte motivo para um primeiro consumo: a curiosidade.

    Não podemos esquecer também de características relevantes atribuídas à grande maioria dos jovens, como a impulsividade e o comportamento compulsivo. Cada vez mais surgem jovens jogadores patológicos e dependentes de internet como demanda de atendimento psicoterápico. Unido tudo isso está uma cultura dentro e fora do ambiente familiar onde a punição prevalece e a prevenção é esquecida.

    Talvez pelo pouco tempo disponível, pais acabam tomando posturas mais punitivas do que educativas, deixando os limites faltarem ao longo do processo de formação do jovem. Seguindo tal postura estão também as escolas e sociedade.
~~> Qual é o papel do educador e da escola no processo de prevenção ao uso de drogas?
  • Cabe aos educadores e à escola estarem capacitados para oferecer a seus alunos informações acerca de uma proposta de vida saudável, meio ambiente e postura cidadã necessárias para uma consciência livre do uso de drogas, de forma clara e sem preconceitos. É necessário também estimular os alunos a uma constante reflexão sobre o assunto a partir de debates e trabalhos de pesquisas. É importante que a escola promova eventos voltados para a saúde e a qualidade de vida, e saiba valorizar as potencialidades de seu publico alvo.

~~> Em casos de dependência química, existem diferenças no tratamento utilizado para um adolescente e no utilizado em um adulto? Em qual indivíduo há melhor aderência ao tratamento e por quê?

  • Existem muitas diferenças no tratamento com jovens dependentes químicos. A dinâmica do tratamento, desde o tempo das sessões em grupo, até a entrada e saída da clínica diariamente são diferenciadas e acompanhadas de perto para atender às necessidades dos jovens. Sessões mais dinâmicas, com palestras informativas, dinâmicas de grupo, treinamento de habilidades sociais e enfrentamento das situações de risco devem estar focadas na realidade e no contexto no qual está inserido o jovem, uma vez que suas necessidades são outras e muitas vezes os amigos, os colegas de escola, os primos e namorados(as) não compreendem esse universo tão amplo que é a dependência química e que cada vez mais cedo se apresenta aos jovens.

    Em todos os casos de dependência química, a participação da família no tratamento é fundamental, porém no tratamento do jovem dependente químico a atuação da família precisa ser mais freqüente e participativa. É importante orientar os pais para um novo direcionamento na educação com a expectativa de extirpar os comportamentos disfuncionais apresentados, os limites devem ser recolocados e o resgate da confiança devem ser apresentados sempre que possível.

    A avaliação e acompanhamento psiquiátrico são fundamentais e os pais também devem ser orientados quanto ao surgimento de outros transtornos para além da dependência química. É aconselhável a internação em ambiente protegido em clínica especializada toda vez que o jovem coloca sua vida ou a de terceiros em risco. Porém, quando possível, o ideal é o tratamento ambulatorial (se necessário, com acompanhamento terapêutico fora da clínica) para possibilitar ao jovem a reinserção social.

    Quando falamos em Dependência Química, Uso/Abuso de drogas em qualquer caso fica difícil falar qual perfil de paciente adere com maior facilidade ao tratamento. Nós que trabalhamos com jovens e com este tipo de transtorno sabemos que a proposta é sempre buscar estratégias motivacionais e que precisamos constantemente estar revendo o processo de tratamento e nos revendo enquanto profissionais atuantes."